É comum, infelizmente, que na escola algumas mães
desesperadas, dizerem aos professores: “– Não sei mais o que fazer com meu
filho”, e do outro lado os professores respondem: “Nem eu. Se a Sra. não sabe,
muito menos eu...”, enfim ninguém mais sabe o que fazer com os pequenos, para
isso penso que poderemos tentar, sem a pretensão de dar receita pronta,
acompanhar esses filhos, não só uma parte. Mas que os pais acompanhem seus
filhos de verdade, não os larguem a própria sorte”.
Acompanhar dia
a dia, lado a lado. Penso que os pais não deveriam ter um momento especial
onde, aí sim, fossem ver seus filhos. Estes deveriam ter uma rotina, onde seus
filhos estivessem inseridos nela, constantemente e continuamente. Aos pais
acredito que caberia uma dedicação menos esporádica. Não adianta lembrar dos
filhos de vez em quando. É preciso pensar neles sempre! Em mais de uma década
no magistério, digo sempre, que criança que tem pai e mãe tem a metade das
dificuldades sanadas, e não me refiro aos órfãos de pais desconhecidos, mas sim
aos órfãos de pais conhecidos, aqueles pais que só lembram do filho para impor
uma regra, um desafeto, dar uma bronca, bater, xingar, humilhar, às vezes na
própria escola. Muitas vezes este ir a escola é o único momento de se deparar
com esse filho, infelizmente, colhendo apenas resultados negativos de um
período de afastamento e aí pode ser tarde demais. Busquem seus filhos enquanto
é tempo.
Maria Aparecida Rodrigues
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