Diz-me da tua aula...
E eu te direi quem és, copiando o
dito popular, faço uma observação: o professor é a cara da aula que dá, e a
aula é a cara do professor.No nosso trabalho diário estamos nos expondo a todo
meio, ainda que se queira passar despercebido, às vezes o silêncio é mais feroz
, do que mil palavras.
Não é por acaso, o fato de que se
não estamos bem, nos sentimos desmotivadas ao trabalho e somos acometidas por
inúmeros motivos que podem até mesmos fazer com que nos ausentemos do trabalho,
física e efetivamente, ou vamos a escola e ficamos com a cabeça no mundo da
Lua.
Não diferente disso, é todo o trabalho de educar, a partir
do momento em nos apropriamos da função de educar, como algo que faz parte de
nosso ser,como uma simbiose, nossos conceitos
e valores éticos morais não oscilam, são os mesmos quando estamos dentro
ou fora da escola,somos um só ser e aí nos identificamos com essa tarefa, ou
não.
Podemos maldizer o dia que escolhemos estudar magistério,
ou nos regozijarmos com nossa participação no crescimento de um mundo mais
digno e interessante sob vários ângulos, com cidadãos melhores, usando como
arma a educação e como escudo a responsabilidade.
Quando cremos que estamos apenas
repassando conteúdos, sem motivação, sem entusiasmo, com apatia, nos deparamos
com um descaso brutal, detalhe: descaso nosso para conosco, a gente mesma se
desconsidera. Se não mergulhamos na educação, não extraímos seu néctar, aquela
satisfação impagável, que somente sérios educadores conhecem e colhem os benefícios
desta, inclusive na sociedade.
Penso ser importante ressaltar que devemos ser coerentes
com nosso poder de transformação, de forma a não minimiza-lo e dessa maneira ,
perder a chance de transformar nosso meio, nossa escola, nosso aluno, Mas
também não devemos supervaloriza-lo, pois só uma ação conjunta de todos os
detentores de poder educacional, poderá levar a mudanças grandiosas, mas por
que não fazer de nós mesmos, um marco zero da melhoria de tudo, afinal educação é tudo!
Maria Aparecida Rodrigues
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