sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A justiça é parcial



A justiça é parcial

Os educadores normalmente vivem situações onde é necessário se posicionar. Questões relacionadas a parcialidade, onde temos que tomar partido.
Quando se trata de uma questão que envolve educar somos tomados por  um senso de justiça.
Ma será correto o educador se posicionar?
Devemos pensar a justiça como uma questão parcial, pois justiça  e ética são questões que tem um lado sim.
A justiça tem um lado, o lado do correto, da cidadania, da ética.
Vale lembrar que o correto não é pensando em um falso moralismo, em questões menores que por vezes nos foram impostas por pré-conceitos ou algo menor, que não nos vale ater.
Na dinâmica da vida escolar existem constantemente e continuamente questões a serem pensadas, que são de todos os âmbitos, temos que nos posicionar ao interagirmos com alunos.
Pensar, refletir e  indicar caminhos, desde o comportamento social do aluno em sala de aula, sua vestimenta, seu vocabulário, seu trato consigo mesmo e com os demais, seus pensamentos, entre tantos aspectos e se posicionar sobre estes é algo inerente ao estar atualmente em uma escola.
O educador por vezes se perde em meio de seu papel na escola, afinal a função da escola muda e o educador sente-se mal diante  de tal situação.
Temos um contexto onde cada vez mais o professor vira educador , exceto quando se omite, Chamo de educador um profissional que vai além da barreira e da tentação , de meramente passar conteúdos escolares.
Em todo o desenvolvimento da vida do aluno, o educador irá se posicionar, afinal a família  não exerce  a função de educar isoladamente da escola, deixando aos professores a  responsabilidade de passar apenas o saber formal, hoje o educador tem que se mesclar em uma pessoa que passa também o ensino culto,  mas estes estão intimamente ligados a diversas questões éticas, culturais, sociais, que não é possível trabalhar em uma escola sem nos posicionarmos .
E o julgamento  via de regra usando a justiça , quando da observação e participação deve ser justo.
Obvio que devemos considerar questões sociais, entretanto estas não devem encobrir nossos olhos tal qual o da figura da estátua  da justiça.
As questões sociais, devem nos possibilitar compreender fenômenos como o da violência e indisciplina em escolas,  mas não justificar tudo,  pois se não dermos aparatos e formos omissos sermos nossas próprias vitimas
A nossa falta de justiça poderá se virar contra nos mesmos.
Os alunos de um modo geral, esperam e necessitam que o auxiliemos no seu processo educacional, quando não nos posicionamos deixamos os alunos sem parâmetro,  todo o universo da escola  e seus produtos,  podem ficar com uma orfandade maligna, que na melhor das hipóteses irá se voltar contra nós mesmos em toda sua expressão de fenômeno social, ainda dentro da escola e depois quando o aluno deixar a escola e transformar-se em um cidadão.
Sendo assim irá ocorrer conosco a parcialidade da justiça,  quando não compreendemos tudo aos olhos da “mansidão de um ser passivo”, e sim quando nos posicionamos e deixando nosso posto de observadores e efetivamente exercermos o nosso papel de agentes multiplicadores de seres sociais ativos.

Maria Aparecida Rodrigues

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