sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Jornal: uma rotina benéfica



Jornal: uma rotina benéfica

            Inicio comumente minhas palestras a respeito do uso do jornal em sala de aula dizendo que em minha prática não existe uma ação muito complexa, nem tão pouco minha docência nesse campo assim o é, pois minha ação mais contundente é a leitura diária do jornal.
            Todos os dias leio a primeira página enumerando as notícias contidas nesta e na seqüência os alunos discutem espontaneamente, debatendo seus pontos de vista de forma a respeitar a regra de que para falar é necessário levantar o braço e quando um fala, os outros devem escutar com respeito a opinião alheia, respeito esse que quando falta por parte de algum aluno, também será alvo de discussão e compreensão.
            Desta prática simples, porém, eficiente, surge uma rotina benéfica. Nesse sentido a rotina atua como um limite para o aluno, onde estaremos educando a liberdade do aluno com seus próprios limites e potencialidades. Agindo de maneira que o aluno descubra-se como um indivíduo pensante e assim possa tornar-se crítico, estabelecendo uma análise do cotidiano, pensando sua vida – vale lembrar que um dos méritos do jornal é trazer fatos que sejam familiares e próximos ao aluno.
Nessa análise e reflexão criamos o hábito de pensar, participar, analisar, refletir e efetivamente os alunos se posicionam diante do mundo de forma mais interativa, o que nos cabe aferir que tendo esse trabalho uma continuidade, certamente teremos um mundo melhor, não como utopia, mas sim como produto de uma prática moderna de lecionarmos através do uso do jornal.

Maria Aparecida Rodrigues

Filhos onde foi que eu errei?



Filhos onde foi que eu errei?

Comumente  os pais deparam-se com essa questão insolúvel questão, e esta gera um enorme vazio, continuamente afinal criar filhos e continuo é algo ininterrupto
Entretanto vale pensar que a relação entre pais e filhos deve ser bilateral, essa relação também deve ser considerada como um algo a ser conquistada sempre
Não nos compete julgar o quão você ama seu filho ou ele ama é importante que se saiba que qualquer tipo de amor fadado ao inesgotável ao eterno, como imposição comete-se  aí um equívoco.
O amor que deveria ser um bálsamo em nossas vidas vira nossa mortalha pois nos compila a sermos seres dissimulados, já que esse amor por meus pais, tem que existir como será possível pensar naquele momento em que me enfureço, devo não pensar isso ,não é certo.
Pronto caímos numa armadilha.. Nossa sentir começa ser mascarada e com pouca chance de sucesso.
Vale pensar que seria bom o amor sempre, jorrando como fontes de águas límpidas, mas vale pensar também que esse amor não jorra por acaso.
A relação  de pais e filhos deve ser regida por inúmeros quesitos, como respeito, confiança, compreensão, etc., de ambos os lados o sentir entre pais e filhos difere de um amor entre um homem e uma mulher por exemplo, entretanto devemos primar pela qualidade de to do e qualquer relacionamento que envolva amor.

Resista ao Desânimo



Resista ao Desânimo

            Não sei se ocorre apenas comigo e com os educadores que tenho um contato próximo, mas nessa época, em novembro, surge um certo desânimo em todos que trabalham na escola, mas é importante ter claro que o dia está acabando, mas não acabou.
            Ainda temos quase dois meses de aula, feitos o devido desconto, é certo que sobram uns 40 dias letivos aproximadamente.
            Volto a dizer 100% é o ideal, mas um é infinitamente maior que zero.
            Certa vez vi um comercial de TV que dizia da possibilidade de todo dia ser dia do professor, todo dia é dia de educação.
            E como uma forma de abater o desânimo sem ser abatido por ele sugiro que o próprio trabalho em sua luta diária e árdua nos sirva de pilar, nos sustente.
            Sem querer ser redundante, que busquemos ânimo para o trabalho, trabalhando e nos valendo do crescimento diário de nossos alunos e valorizando cada conquista alcançada. Cada movimento que nosso aluno nos dá, nos fazendo vislumbrar que este tem dúvidas, que quando saciadas transformam-se em saber adquirido.

Um não como prova de amor



Um não como prova de amor

Amor não se prova, se sente ou não, mas no caso de filhos vale a pena ratificar esse amor, também dizendo um não.
Quando a criança completa cerca de um ano e meio, segundo estudiosos, ele adquire a capacidade de compreender o significado da palavra não, como uma barreira, um entrave as sua ação, surgem aí as frustrações , surge aí os limites.
A criança se vê frustada em não poder prosseguir, sente-se mal, pois entende a recusa dos responsável, e isso a fere, no seu livre arbítrio. Entretanto os pais, não adquirem a capacidade de falar esse não tão sabiamente como as crianças.
 Ela entende o não, mas os responsáveis, nem sempre o usam.
Ë comum as crianças a partir do momento que esbarram no obstáculos querer se livrar deste, entretanto os pais acabam, sem saber, fazendo acordos e  barganhas.
Totalmente insatisfatórios são esses acordos, que posteriormente irão se repetir por toda a existência dos filhos, causando problemas a  todos. Nem sempre é possível fazer acordos na vida.
Ë importante lembrar que o educar também é privar, é dizer não, e este fato , prova que existem pessoas preocupadas em direcionar e ajudar a organizar questões cotidianas.
Ao contrario do que se pensa os pais e/ ou responsáveis quando deliberadamente deixam a criança  fazer o que esta gosta, para não chatear, para não deixar triste, podem estar cometendo um ato tão danoso, que por vezes é irreversível.
O descontentamento e frustração desses pais é imenso, quando perdem o fio da meada do filho. Os filhos quando  já fazem tudo que querem (e nem sempre fazem o que é correto), obtém um dano imenso ,que só se compara em tamanho ao prejuízo na vida desse filho, que por não saber limitar-se e parar quando necessário, acaba sendo exposto a um parar brusco, seja na escola, ou em qualquer ambiente social.
Dado as devidas proporções penso esse parar como um atraso no aprendizado, enquanto absorção de conteúdos, até mesmo a evasão escolar ou em circunstancias criticas um calar da vida definitivo.

Ao responsável: a responsabilidade.
É importante que se assuma o papel de responsável em sua totalidade, ou seja , não é possível ser parcialmente responsável ou as vezes, sendo assim ser responsável, por algo ou por alguém, nos remete também ao papel de cerceardores, de limitadores, de auxiliadores , não nos é possível conceber país que não consigam limitar seus filhos.
Não raro escuta-se no âmbito escolar um pai dizendo: “não sei mais o que fazer...”ora, não saber o que fazer com um filho  e deixar este fazer tudo, é muito pouco sábio, pois é conhecido que não nos  é possível conviver desfrutando de tudo, necessitamos separar o que nos é bom do que é ruim.
Os pais pensando evitar problemas não falam de problemas, logo desconhecem seus filhos e o que pensam esses filhos, assim ficam impossibilitados de visualizar o que seria necessária tolher.
Me parece que não deveríamos ter receio desta palavra, sem medo de dizer não , poderemos ser  muito mais úteis ao nossos filhos.
Passar valores e preceitos de ética e de moral, que existem a partir da necessidade de não concordarmos com tudo, de achar que comportamentos violentos e destrutivos , por exemplo, não são corretos, etc., esse não vem como uma bússola.
Um bússola, não leva ninguém, as pessoas andam por si só, mas tendo uma bússola como auxiliar o caminhar é mais seguro.

 Maria Aparecida Rodrigues

O descanso do educador







O descanso do educador

O educador na verdade não descansa propriamente, ele  deixa de exercer seu oficio em instituições legais. Entretanto o educador vê o ser humano como ser educável em potencial,  acaba por educar o tempo todo.
Mas é importante pensar nas férias...
Férias é algo vital, um instrumento importante a todas as profissões, e em nenhum momento se parece com preguiça ou qualquer coisa do gênero, Férias é o momento que temos de repor nossas energias e refletir a respeito da maneira que gastamos estas energias.
È interessante como nessa profissão de ser educador o stress nos faz compania quase  sempre, pois não há como educar sem se doar integralmente, entretanto esse doar muitas vezes ecoa em um cansaço e uma incompreensão. Essa incompreensão são de todos, as vezes o educador também não compreende tantas divergências que ocorrem, mas é necessário abraçar a profissão de maneira a estar acima dos empecilhos.
Nesse momento de férias é preciso descansar. Descanso do corpo e da alma.Como se nesse momento pudéssemos repor nossas energias. Não é possível para a maioria dispor  de recursos financeiros para desfrutar de férias planejadas, mas é importante que a ausência de condições financeiras não nos impeçam de desfrutar tudo de bom que podemos e que não depende de dinheiro.
Vale como sugestão que possamos observar a natureza, tão sábia ela, a natureza sempre nos tem um aprendizado precioso que podemos desfrutar gratuitamente.
Olhando os detalhes poderemos descobrir que é possível ficarmos em paz  através das flores, animais, uma linda lua cheia, uma belo por do sol, uma refrescante chuva, tudo pode nos ser muito útil.
Com esse tempo extra devemos repor nossas energias e agradecer pelo privilégio de poder descansar e ficarmos a espera do ano vindouro e aguardarmos confiante os desafios  próximos. 
 
Maria Aparecida Rodrigues