quarta-feira, 10 de julho de 2013

Engodo (Férias é sinônimo de reflexão!)



Engodo
Férias é sinônimo de reflexão!

Lembro-me de uma grande educadora que conheci na cidade de Suzano, onde trabalhei por uma década, que disse certa vez, em tom de desabafo: ”Isso aqui é um engodo”. Nossa! Como essa frase reverbera em minha mente...
Por vezes me ponho a pensar se não estou repetindo o engodo...
Este ano em uma “salada perigosa”, misturei livros didáticos com o Programa Ler e Escrever mais o EMAI(uma proposta de atividades matemáticas). Resultado: para meu entendimento, não saiu nada que se aproveite.
Claro que ocorreram algumas ações com boa intenção, mas acho que no geral, a classe foi penalizada. Senti-me sem rumo.
Sempre critiquei o Programa Ler  e Escrever e a dura imposição que me era imposta na Diretoria de Suzano, mas acho que ele é um bom programa que necessita ser revisto e pretendo retomar sua linha de ação.
Acrescentar outros gêneros e não apenas um, bem como  não trabalhar de forma tão maçante.
Mas acredito que a distribuição da rotina sugerida faz muito sentido, pretendo retomar esse aspecto também.
Quanto a  matemática, creio eu, que cinco eixos em uma semana é muito, vou trabalhar com três, mas seguir a distribuição, e não ficar em um único assunto,o que me remete aos equívocos de outrora.
Estranho essa sensação de ter produzido algo ínfimo em relação à educação, mas acredito que somente esta autocrítica pode me levar a repensar a prática, fundamentá-la em teorias e aperfeiçoa-la.
Talvez esse artigo não seja exatamente algo que engrandeça meu currículo, afinal de público desvelo meus equívocos, mas sei também que essa transparência me é inerente, é parte indissociável do meu ser. E assim prefiro deixar claros meus equívocos a ter que escrever sobre algo irreal.
Férias nesse ano, foi sinônimo de reflexão!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Inclusão de quem e de quê?

Bem como professora da Rede Estadual de São Paulo, ganho pouco,além de sequer ser mal casada,pois não o sou de forma alguma,logo minha vida de solteira me empurra a aumentar minhas receitas,já que as despesas não param de crescer.

Tornei-me então Professora de Apoio no período da tarde e leciono para um quinto ano pela manhã, mas nesse Apoio eis que me surge S. uma criança meiga,carinhosa,doce e ávida por aprender, mas não fala,não escreve sequer seu nome...tem um problema cerebral congênito que é laudado,embora a mim esse laudo tenha sido um amontoado de palavras que não entendi...

Divido aqui duas posições: meu profundo desejo de ajudá-la...sincero e verdadeiro,que me impele a ler,conversar e pegar dicas como pérolas preciosas a tecer um colar...
Honestamente uma parte de meu tempo de educadora que lida com dois grupos distintos no Apoio ,além da S.  e uma sala com suas particularidades dentre eleas K...um outro amor matinal que falarei outro dia...
Mas retomando,dentre meu excasso tempo ,uma parte é para S. que desejo ajudar mas não sei como, falta-me esclarecimentos,ajuda,fundamentação teórica e prática.

Sou Pedagoga,Psicologa formada e Licenciada pela USP, mas minha angústia é tamanha que não sei se o que faço,apesar de minha dedicação, é suficiente.

Eis os pontos fundamentais desse desabafo: quero ajudar e me empenho mas também sei que não sei o que fazer,para alémde meu querer,sinto-me impotente.

Então eu pergunto:estamos incluindo o quê? E para quê?

E antes que me  venham como famoso jargão SOCIALIZAR ,desculpem governantes,eu quero mais do que isso para as S. que existem..quero-as aprendendo a ler,escrever,evoluindo...gastanto todo seu potencial,óbvio que respeitando suas limitações,mas nunca as tendo como barreiras,e sim como trampolim para outros vôos...