Um não como prova de amor
Amor não se prova, se sente ou não, mas no caso de
filhos vale a pena ratificar esse amor, também dizendo um não.
Quando a criança completa cerca de um ano e meio,
segundo estudiosos, ele adquire a capacidade de compreender o significado da
palavra não, como uma barreira, um entrave as sua ação, surgem aí as
frustrações , surge aí os limites.
A criança se vê frustada em não poder prosseguir,
sente-se mal, pois entende a recusa dos responsável, e isso a fere, no seu
livre arbítrio. Entretanto os pais, não adquirem a capacidade de falar esse não
tão sabiamente como as crianças.
Ela entende o
não, mas os responsáveis, nem sempre o usam.
Ë comum as crianças a partir do momento que esbarram
no obstáculos querer se livrar deste, entretanto os pais acabam, sem saber,
fazendo acordos e barganhas.
Totalmente insatisfatórios são esses acordos, que
posteriormente irão se repetir por toda a existência dos filhos, causando
problemas a todos. Nem sempre é possível
fazer acordos na vida.
Ë importante lembrar que o educar também é privar, é
dizer não, e este fato , prova que existem pessoas preocupadas em direcionar e
ajudar a organizar questões cotidianas.
Ao contrario do que se pensa os pais e/ ou
responsáveis quando deliberadamente deixam a criança fazer o que esta gosta, para não chatear,
para não deixar triste, podem estar cometendo um ato tão danoso, que por vezes
é irreversível.
O descontentamento e frustração desses pais é
imenso, quando perdem o fio da meada do filho. Os filhos quando já fazem tudo que querem (e nem sempre fazem
o que é correto), obtém um dano imenso ,que só se compara em tamanho ao
prejuízo na vida desse filho, que por não saber limitar-se e parar quando
necessário, acaba sendo exposto a um parar brusco, seja na escola, ou em
qualquer ambiente social.
Dado as devidas proporções penso esse parar como um
atraso no aprendizado, enquanto absorção de conteúdos, até mesmo a evasão
escolar ou em circunstancias criticas um calar da vida definitivo.
Ao responsável: a responsabilidade.
É importante que se assuma o papel de responsável em
sua totalidade, ou seja , não é possível ser parcialmente responsável ou as
vezes, sendo assim ser responsável, por algo ou por alguém, nos remete também
ao papel de cerceardores, de limitadores, de auxiliadores , não nos é possível
conceber país que não consigam limitar seus filhos.
Não raro escuta-se no âmbito escolar um pai dizendo:
“não sei mais o que fazer...”ora, não saber o que fazer com um filho e deixar este fazer tudo, é muito pouco sábio,
pois é conhecido que não nos é possível
conviver desfrutando de tudo, necessitamos separar o que nos é bom do que é
ruim.
Os pais pensando evitar problemas não falam de
problemas, logo desconhecem seus filhos e o que pensam esses filhos, assim
ficam impossibilitados de visualizar o que seria necessária tolher.
Me parece que não deveríamos ter receio desta palavra, sem
medo de dizer não , poderemos ser muito
mais úteis ao nossos filhos.
Passar valores e preceitos de ética e de moral, que
existem a partir da necessidade de não concordarmos com tudo, de
achar que comportamentos violentos e destrutivos , por exemplo, não são
corretos, etc., esse não vem como uma bússola.
Um bússola, não leva ninguém, as pessoas andam por
si só, mas tendo uma bússola como auxiliar o caminhar é mais seguro.
Maria
Aparecida Rodrigues
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