Chamada:
O ato de reclamar, por parte do educador, não deve vir isolado de uma prática reflexiva. Deve levar à mudanças efetivas na educação, e sempre impor ao meio, soluções para os infindáveis problemas educacionais existentes.
Artigo:
A reclamação
unida a ação
Saliento
a diferença entre professor e educador. Chamo de educador aquele que transpõem
o limite de ter um diploma em mãos e entender-se como dono do saber e sendo educador
se embrenha em tudo que diz respeito ao saber, e nele se infiltra, aprendendo e
apreendendo tudo que for útil, e não se restringe a livros, aprende com o ser
humano, aprende com tudo e com todos.
Sendo o educador alguém que está interagindo com o meio, é interessante que este, como qualquer cidadão, reclame dos problemas existentes. Mas não basta apenas reclamar. O ato de reclamar por parte do educador não deve vir isolado de uma prática reflexiva. Deve levar à mudanças efetivas na educação e sempre impor ao meio soluções para os infindáveis problemas educacionais existentes.
A
reclamação não pode ser um entrave e nos limitar. Por vezes, passamos a maior
parte do tempo reclamando e não vemos que a escola e a educação de um povo é um
reflexo da sociedade. Quando melhoramos qualquer coisa nesse âmbito, mudamos
nosso meio e a sociedade consequentemente.
Quando
nos mantemos em estado de inércia, parados, só reclamando, nos isentamos de
responsabilidades. Delegando aos outros o que não é feito e nos esquivamos do
fato de que o fazer, o melhorar, é um todo onde cada um tem seu papel e sua
função.
O
educador deve se por como multiplicador de cidadãos; multiplica conhecimentos
e pessoas multiplicando a vida. O
educador semeia vidas e escreve nas almas.
A
função do educador é muito importante, mas ele precisa, necessita, se agarrar a
esta função, tomá-la para si e fazer bom uso.
Não
hesito em compor o leque de problemas que temos: de ordem material, econômica e
até mesmo de formação. Entretanto, paralelo ao ato de apontar problemas,
devemos buscar e vislumbrar soluções que não são fáceis. Mas é necessário a postura
do educador para saber que são possíveis.
E
são nestas soluções que cremos nossa existência, o sentido de sermos
educadores. Quando tocamos metas e objetivos, lutamos necessitando alcançá-las,
buscando-as no dia a dia da sala de aula.
É
necessário arregaçar as mangas e não excluir nada nem ninguém, nem mesmo os
problemas. Se envolver com a educação, com educando, seu universo como um todo
e seus problemas e nos felicitarmos por termos o privilégio de estarmos nesse meio e muitas vezes alcançar
as soluções que nós e toda a sociedade necessitamos.
Maria Aparecida Rodrigues
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