Chamada.
... se cito essa questão no início do ano é com o
intuito de que todos nós possamos vencer nossas limitações pessoais e
conseguirmos com disciplina, criatividade e profissionalismo buscar formas de
não deixarmos nenhum aluno sem atenção, não uma atenção de um trabalho
esporádico, de vez em quando, mas sim de um trabalho contínuo com todos.
Professores: Não abandonem
seus alunos!
Nesse início de ano pode parecer estranho esse pedido,
afinal somente em fevereiro soubemos quais seriam nossos alunos, nossa classe,
mas creio que sabemos que a classe homogênea é inexistente em nosso trabalho.
Mas ainda que conseguíssemos nivelar um determinado grupo de alunos em termos
de aprendizado, este grupo com o passar do tempo demonstraria diferenças,
afinal o ser humano tem em sua magia o fato de poder ser cada qual um ser único
com características singulares o que faz uma mescla que nos edifica e
engrandece a cada dia que amanhece. Quando conseguimos enxergar essas
singularidades como uma força a nos impulsionar constantemente.
Entretanto vamos pensar em nossos
alunos como um grupo também com características diferentes, onde devemos buscar
alcançar a todos. Todos não representam 99%. Todos quer dizer, sem abandonar,
nem um aluno. Alcançar todos os alunos sem exclusão, ainda que tenhamos que
buscar novas formas, novos métodos. É preciso que pensemos, os educandos,
nossos alunos como a razão de nosso trabalho, e por falar em trabalho, retomo o
índice de porcentagem. Não seria interessante nos contentarmos com um número
elevado de aprovação, a não ser que esse número fosse correspondente ao fato de
que tentamos alcançar o nosso grupo uniformemente.
Vale dizer que nem sempre querer é conseguir, afinal,
temos juntado ao nosso trabalho educacional um leque de questões, de
dificuldades que, temos que admitir faz nos sentir por vezes impotentes e
solitários em busca da aprendizagem do aluno. Mas é importante que essas
dificuldades sejam vistas com todo cuidado, para que possamos entender e
compreender até onde nosso trabalho alcança, qual o limite de nossas ações,
para que justamente aí tenhamos a possibilidade de discernir o que podemos
fazer e o mais importante, fazer, transformar em ações o que apreendemos com a
observação de nossos alunos, e suas dificuldades.
Refiro-me
não a grandes frases, grandes discursos, mas sim a uma postura responsável
diante da grandeza que representa o fato de sermos educadores, e se cito essa
questão no início do ano é com o intuito de que todos nós possamos vencer
nossas limitações pessoais e conseguirmos com disciplina, criatividade e
profissionalismo buscar formas de não deixarmos nenhum aluno sem atenção, não
uma atenção de um trabalho esporádico, de vez em quando, mas sim de um trabalho
contínuo com todos, desde aqueles que são brilhantes e vão além de nossa
expectativa (é preciso privilegiar quem estuda com seriedade), até aquele aluno
que no canto da sala, ainda não descobriu a magia do aprender, e não compreende
este universo que visamos oferecer. Eis aí nosso desafio encarar esse aluno,
que por vezes não é alfabetizado e fazermos por ele tudo o que nos é possível,
sem nos limitarmos, buscando assim atingir todos aqueles que tivermos o
privilégio de educar.
Maria
Aparecida Rodrigues
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