A justiça é parcial
Os
educadores normalmente vivem situações onde é necessário se posicionar.
Questões relacionadas a parcialidade, onde temos que tomar partido.
Quando
se trata de uma questão que envolve educar somos tomados por um senso de justiça.
Ma será
correto o educador se posicionar?
Devemos
pensar a justiça como uma questão parcial, pois justiça e ética são questões que tem um lado sim.
A
justiça tem um lado, o lado do correto, da cidadania, da ética.
Vale
lembrar que o correto não é pensando em um falso moralismo, em questões menores
que por vezes nos foram impostas por pré-conceitos ou algo menor, que não nos
vale ater.
Na
dinâmica da vida escolar existem constantemente e continuamente questões a
serem pensadas, que são de todos os âmbitos, temos que nos posicionar ao
interagirmos com alunos.
Pensar,
refletir e indicar caminhos, desde o
comportamento social do aluno em sala de aula, sua vestimenta, seu vocabulário,
seu trato consigo mesmo e com os demais, seus pensamentos, entre tantos
aspectos e se posicionar sobre estes é algo inerente ao estar atualmente em uma
escola.
O
educador por vezes se perde em meio de seu papel na escola, afinal a função da
escola muda e o educador sente-se mal diante
de tal situação.
Temos
um contexto onde cada vez mais o professor vira educador , exceto quando se
omite, Chamo de educador um profissional que vai além da barreira e da tentação
, de meramente passar conteúdos escolares.
Em todo
o desenvolvimento da vida do aluno, o educador irá se posicionar, afinal a
família não exerce a função de educar isoladamente da escola,
deixando aos professores a
responsabilidade de passar apenas o saber formal, hoje o educador tem
que se mesclar em uma pessoa que passa também o ensino culto, mas estes estão intimamente ligados a
diversas questões éticas, culturais, sociais, que não é possível trabalhar em
uma escola sem nos posicionarmos .
E o
julgamento via de regra usando a justiça
, quando da observação e participação deve ser justo.
Obvio
que devemos considerar questões sociais, entretanto estas não devem encobrir
nossos olhos tal qual o da figura da estátua
da justiça.
As
questões sociais, devem nos possibilitar compreender fenômenos como o da
violência e indisciplina em escolas, mas
não justificar tudo, pois se não dermos
aparatos e formos omissos sermos nossas próprias vitimas
A nossa
falta de justiça poderá se virar contra nos mesmos.
Os
alunos de um modo geral, esperam e necessitam que o auxiliemos no seu processo
educacional, quando não nos posicionamos deixamos os alunos sem parâmetro, todo o universo da escola e seus produtos, podem ficar com uma orfandade maligna, que na
melhor das hipóteses irá se voltar contra nós mesmos em toda sua expressão de
fenômeno social, ainda dentro da escola e depois quando o aluno deixar a escola
e transformar-se em um cidadão.
Sendo
assim irá ocorrer conosco a parcialidade da justiça, quando não compreendemos tudo aos olhos da
“mansidão de um ser passivo”, e sim quando nos posicionamos e deixando nosso
posto de observadores e efetivamente exercermos o nosso papel de agentes
multiplicadores de seres sociais ativos.
Maria Aparecida Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário